11 de novembro de 2010

CASTANHAS

Com o Outono chegam as castanhas assadas. Sabia que as castanhas, que actualmente são quase um pitéu, tiveram, noutros tempos, uma enorme importância na dieta dos portugueses? No século XVII, eram mesmo um dos produtos básicos da alimentação dos beirões e transmontanos, chegando, se necessário, a substituir o pão ou as batatas.


A castanha é usada na alimentação desde tempos pré-históricos e a respectiva árvore - Castanea sativa - foi introduzida na Europa há cerca de três mil anos. Contudo, no livro de Jorge Lage, "Castanea...", no sub-capítulo, "O castanheiro em Portugal", na página 35, ao citar o mais importante botânico nacional vivo, Prof. Jorge Paiva, refere-se que os estudos polínicos levados a cabo na Serra da Estrela provam o contrário, apontando para uma data bem mais recuada, e hoje é considerada uma árvore autóctone.

A castanha que comemos é, de facto, uma semente que surge no interior de um ouriço (o fruto do castanheiro). Mas, embora seja uma semente como as nozes, tem muito menos gordura e muito mais amido (um hidrato de carbono), o que lhe dá outras possibilidades de uso na alimentação. As castanhas têm mesmo cerca do dobro da percentagem de amido das batatas. São também ricas em vitaminas C e B6 e uma boa fonte potássio.

As castanhas são comidas assadas ou cozidas com erva-doce. Mas, antes de cozinhadas, deve-se retalhar a casca. Como se pode ver no quadro, têm bastante água e, quando são aquecidas, essa água passa a vapor. A pressão do vapor vai aumentando e "empurrando" a casca e, se esta não tiver levado um golpe, a castanha pode explodir.

Um abraço para Trás-os- Montes

Sem comentários:

Enviar um comentário